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Oliveira, Minas Gerais, Brazil
Economista, formado na Universidade Federal de São João Del-Rei - UFSJ

ELEIÇÕES 2026

01/12/2025

O próximo ano será marcado pelas eleições gerais no país, quando serão escolhidos Presidente da República, Governadores, Senadores e Deputados. No cenário federal, tudo indica que a polarização será mantida, com o presidente Lula (PT) enfrentando um nome ainda indefinido da oposição. A ausência desse nome tem gerado dificuldades de articulação dentro da direita e da extrema-direita.

Com a conclusão do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro, cresce a especulação de que o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), possa assumir a liderança desse campo. No entanto, a escolha do vice deve gerar nova disputa interna, envolvendo nomes como Michelle Bolsonaro, o governador do Paraná, Ratinho Junior, o governador de Minas, Romeu Zema, e o governador de Goiás, Ronaldo Caiado.




E EM MINAS


A disputa pelo Governo de Minas segue indefinida. Liderando as pesquisas recentes aparece o senador Cleitinho (Republicanos). Contudo, sua candidatura ainda não está consolidada e há dúvidas dentro do próprio partido, especialmente após o envolvimento do presidente da legenda em escândalos ligados ao INSS, o que pode comprometer o apoio à sua eventual campanha.

Do lado governista, a candidatura mais provável é a do atual vice-governador Mateus Simões, que deixou o partido Novo e se filiou ao PSD, buscando ampliar alianças com siglas do chamado centrão. Já no campo da esquerda, um nome do PT tem poucas chances devido ao desgaste da gestão Pimentel, ainda vivo na memória dos mineiros, restando como alternativa uma composição com o PDT, que recentemente filiou o ex-prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil.

A incógnita recai sobre os partidos de centro, onde ao menos três nomes surgem com potencial para construir alianças mais amplas: o presidente da Assembleia Legislativa, Tadeuzinho (MDB), o senador Rodrigo Pacheco e o ex-vereador Gabriel Azevedo (MDB).

O cenário ficará realmente mais claro após o prazo final de filiações partidárias, em abril de 2026, quando será possível identificar com precisão quem disputará o Palácio Tiradentes.




VIOLÊNCIA


O aumento da violência, tanto em nossa cidade quanto em todo o país, tem entre seus fatores agravantes a participação crescente de jovens recrutados por organizações criminosas. Esse fenômeno fortalece o chamado “Estado Paralelo”, que desafia e enfraquece a autoridade do Estado brasileiro.

É urgente repensar e reformar as políticas públicas destinadas à juventude. Embora existam instrumentos importantes,  como acesso ampliado à educação, programas de incentivo financeiro aos estudos e maior ingresso no ensino superior, tais políticas não têm sido suficientes para atrair uma parcela significativa dos jovens.

Por que muitos ainda não se veem motivados por essas oportunidades? Por que cresce a violência, inclusive dentro das escolas? Essas são questões que precisam integrar o debate nacional, caso desejemos construir uma sociedade mais segura e saudável.




CPI DO CAPS


A conclusão da CPI que investiga o CAPS foi prorrogada por mais 20 dias. Criada no primeiro semestre para apurar denúncias de irregularidades administrativas, perseguição política e práticas de assédio moral no âmbito da Administração Municipal (gestão 2021–2024), esta é a segunda prorrogação dos trabalhos.

A população aguarda respostas claras: o que de fato ocorreu e quais medidas serão adotadas? O CAPS desempenha um papel fundamental nas políticas públicas de saúde mental, oferecendo atendimento a pessoas com transtornos psíquicos. Por isso, não pode sofrer interferências que comprometam seu funcionamento ou a qualidade do atendimento.

Transparência e responsabilização são essenciais para restabelecer a confiança no serviço e garantir sua plena atuação.




ISENÇÃO DO IPVA


O Congresso aprovou o projeto do senador Cleitinho (Republicanos) que isenta do pagamento do IPVA os veículos com mais de 20 anos de fabricação. A medida beneficiará principalmente proprietários de Minas Gerais, Pernambuco, Santa Catarina e Tocantins, os únicos estados que ainda cobravam o imposto para veículos antigos.

A proposta corrige desigualdades e cria um parâmetro nacional. No entanto, o debate sobre o IPVA precisa avançar. Há grande disparidade nas alíquotas: em Minas, o imposto chega a 4% do valor do veículo, enquanto em outros estados é de 2%. Com a expansão dos pedágios e das concessões rodoviárias, a redução do IPVA se torna ainda mais necessária como forma de compensação ao contribuinte.
Esse é um debate que precisa ganhar força.



IMPOSTO DE RENDA


Outra boa notícia foi a aprovação da nova faixa de isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil. Com a tabela defasada há anos, milhões de trabalhadores que não deveriam pagar acabaram entrando na cobrança. A mudança deve beneficiar mais de 15 milhões de brasileiros a partir de janeiro de 2026.

Ainda assim, é fundamental que o Congresso estabeleça uma regra de correção anual automática da tabela do IR. Caso contrário, a defasagem voltará a se acumular e o problema retornará em poucos anos. Definir uma data-base para a atualização da tabela é essencial para manter justiça tributária. Espera-se que nossos parlamentares avancem nesse tema.