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Oliveira, Minas Gerais, Brazil
Economista, formado na Universidade Federal de São João Del-Rei - UFSJ

ELEIÇÕES 2026

01/12/2025

O próximo ano será marcado pelas eleições gerais no país, quando serão escolhidos Presidente da República, Governadores, Senadores e Deputados. No cenário federal, tudo indica que a polarização será mantida, com o presidente Lula (PT) enfrentando um nome ainda indefinido da oposição. A ausência desse nome tem gerado dificuldades de articulação dentro da direita e da extrema-direita.

Com a conclusão do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro, cresce a especulação de que o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), possa assumir a liderança desse campo. No entanto, a escolha do vice deve gerar nova disputa interna, envolvendo nomes como Michelle Bolsonaro, o governador do Paraná, Ratinho Junior, o governador de Minas, Romeu Zema, e o governador de Goiás, Ronaldo Caiado.




E EM MINAS


A disputa pelo Governo de Minas segue indefinida. Liderando as pesquisas recentes aparece o senador Cleitinho (Republicanos). Contudo, sua candidatura ainda não está consolidada e há dúvidas dentro do próprio partido, especialmente após o envolvimento do presidente da legenda em escândalos ligados ao INSS, o que pode comprometer o apoio à sua eventual campanha.

Do lado governista, a candidatura mais provável é a do atual vice-governador Mateus Simões, que deixou o partido Novo e se filiou ao PSD, buscando ampliar alianças com siglas do chamado centrão. Já no campo da esquerda, um nome do PT tem poucas chances devido ao desgaste da gestão Pimentel, ainda vivo na memória dos mineiros, restando como alternativa uma composição com o PDT, que recentemente filiou o ex-prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil.

A incógnita recai sobre os partidos de centro, onde ao menos três nomes surgem com potencial para construir alianças mais amplas: o presidente da Assembleia Legislativa, Tadeuzinho (MDB), o senador Rodrigo Pacheco e o ex-vereador Gabriel Azevedo (MDB).

O cenário ficará realmente mais claro após o prazo final de filiações partidárias, em abril de 2026, quando será possível identificar com precisão quem disputará o Palácio Tiradentes.




VIOLÊNCIA


O aumento da violência, tanto em nossa cidade quanto em todo o país, tem entre seus fatores agravantes a participação crescente de jovens recrutados por organizações criminosas. Esse fenômeno fortalece o chamado “Estado Paralelo”, que desafia e enfraquece a autoridade do Estado brasileiro.

É urgente repensar e reformar as políticas públicas destinadas à juventude. Embora existam instrumentos importantes,  como acesso ampliado à educação, programas de incentivo financeiro aos estudos e maior ingresso no ensino superior, tais políticas não têm sido suficientes para atrair uma parcela significativa dos jovens.

Por que muitos ainda não se veem motivados por essas oportunidades? Por que cresce a violência, inclusive dentro das escolas? Essas são questões que precisam integrar o debate nacional, caso desejemos construir uma sociedade mais segura e saudável.




CPI DO CAPS


A conclusão da CPI que investiga o CAPS foi prorrogada por mais 20 dias. Criada no primeiro semestre para apurar denúncias de irregularidades administrativas, perseguição política e práticas de assédio moral no âmbito da Administração Municipal (gestão 2021–2024), esta é a segunda prorrogação dos trabalhos.

A população aguarda respostas claras: o que de fato ocorreu e quais medidas serão adotadas? O CAPS desempenha um papel fundamental nas políticas públicas de saúde mental, oferecendo atendimento a pessoas com transtornos psíquicos. Por isso, não pode sofrer interferências que comprometam seu funcionamento ou a qualidade do atendimento.

Transparência e responsabilização são essenciais para restabelecer a confiança no serviço e garantir sua plena atuação.




ISENÇÃO DO IPVA


O Congresso aprovou o projeto do senador Cleitinho (Republicanos) que isenta do pagamento do IPVA os veículos com mais de 20 anos de fabricação. A medida beneficiará principalmente proprietários de Minas Gerais, Pernambuco, Santa Catarina e Tocantins, os únicos estados que ainda cobravam o imposto para veículos antigos.

A proposta corrige desigualdades e cria um parâmetro nacional. No entanto, o debate sobre o IPVA precisa avançar. Há grande disparidade nas alíquotas: em Minas, o imposto chega a 4% do valor do veículo, enquanto em outros estados é de 2%. Com a expansão dos pedágios e das concessões rodoviárias, a redução do IPVA se torna ainda mais necessária como forma de compensação ao contribuinte.
Esse é um debate que precisa ganhar força.



IMPOSTO DE RENDA


Outra boa notícia foi a aprovação da nova faixa de isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil. Com a tabela defasada há anos, milhões de trabalhadores que não deveriam pagar acabaram entrando na cobrança. A mudança deve beneficiar mais de 15 milhões de brasileiros a partir de janeiro de 2026.

Ainda assim, é fundamental que o Congresso estabeleça uma regra de correção anual automática da tabela do IR. Caso contrário, a defasagem voltará a se acumular e o problema retornará em poucos anos. Definir uma data-base para a atualização da tabela é essencial para manter justiça tributária. Espera-se que nossos parlamentares avancem nesse tema.

 


ARTICULAÇÃO POLÍTICA

03/11/2025


A falta de articulação política na administração do Dr. Erik tem gerado atritos e desgastes desnecessários, além de demonstrar uma evidente falta de sintonia entre as secretarias. Uma boa gestão exige articulação e colaboração mútua entre os membros do governo, buscando sempre uma sinergia positiva.

As divergências envolvendo integrantes do primeiro escalão fragilizam a imagem da administração, tanto internamente quanto perante a sociedade. A principal pasta responsável por promover essa integração é a Secretaria Municipal de Relações Institucionais e Políticas, que, desde o dia 7 de outubro, está sob a coordenação de Juliana Lobato Pires, titular do cargo. Ela terá a difícil missão de rearticular o grupo político,  não apenas entre os secretários, mas também com a base no Legislativo e demais lideranças locais.




DR. EDSON E A FEAM


A nomeação do oliveirense Dr. Edson Resende para presidir a FEAM – Fundação Estadual do Meio Ambiente não agradou ao grupo de oposição ao governador, liderado pelos deputados dos partidos PT, PV, PCdoB, Rede e PSOL, que formam o bloco Democracia e Luta na Assembleia Legislativa.

Nas redes sociais, alguns chegaram a classificar a nomeação como “lobo tomando conta de galinheiro”, sob o argumento de que o Dr. Edson, após se aposentar do Ministério Público, passou a atuar como advogado em processos relacionados a questões ambientais.

Na minha avaliação, não há nada que desabone sua indicação. Pelo contrário: Dr. Edson prestou relevantes serviços durante 32 anos no Judiciário, com sólida formação jurídica e iniciativas voltadas ao interesse coletivo. O que se espera é que ele tenha total autonomia para implementar ações que fortaleçam a entidade e garantam que ela cumpra seu papel sem interferências externas, como as que vieram à tona na Operação Rejeito.

Nesse sentido, o bloco de oposição errou ao adotar uma postura extremamente preconceituosa.




PÁGINAS APÓCRIFAS


Nos últimos meses, têm surgido páginas apócrifas nas redes sociais, especialmente no Instagram, envolvendo a administração municipal e o meio político. A primeira delas buscava defender ações da gestão atual e atacar a anterior, mas o que mais chamava atenção eram as críticas direcionadas a alguns secretários e até a vereadores da base do Executivo, sempre que estes discordavam de algum projeto.

Logo em seguida, surgiu outra página, desta vez com críticas em tom de sátira, atacando a imagem do Executivo. Ambas já saíram do ar, e, na verdade, pouco contribuíram para o debate público. Não informaram, não denunciaram com base, e serviram mais para desarticular o meio político local.

É evidente que, em uma democracia, todos têm o direito de se manifestar e expor opiniões. Mas a forma correta é citar as fontes das informações e aceitar o contraditório. Do modo como foram expostas, essas páginas serviram mais para tumultuar do que para promover mudanças significativas em prol da coletividade.




REGULAMENTAÇÃO DOS FOGOS


O movimento que pede a regulamentação do uso de fogos de artifício no município é legítimo e representa uma ótima oportunidade para debater o tema. É notório que o uso indiscriminado desses artefatos causa perturbações e incômodos; no entanto, a regulamentação deve considerar também os costumes locais, como a tradicional queima de fogos no distrito de Morro do Ferro, em homenagem a São João Batista.

Nesse sentido, é importante que o Legislativo esteja atento às normas que serão aprovadas. Diversas cidades brasileiras já possuem regulamentações equilibradas. No Rio de Janeiro, onde ocorre o tradicional Réveillon de Copacabana, a soltura de fogos só pode ocorrer mediante autorização prévia do Executivo, por empresas jurídicas ou em eventos oficiais da prefeitura, sendo vetada a prática por pessoas físicas.

Já a cidade de Magé (RJ) traz um dispositivo que permite a queima de fogos em casos excepcionais, mediante autorização prévia e divulgação com antecedência mínima de dez dias, informando o local e o horário, além de cumprir as normas de segurança. A regulamentação também define o nível máximo de decibéis permitido.

Um texto equilibrado é essencial para harmonizar interesses e garantir o cumprimento da lei. Caberá ao Legislativo e ao Executivo intermediar o tema com bom senso e em benefício de todos.




SEGURANÇA PÚBLICA


Os fatos recentes ocorridos no Rio de Janeiro deixam claro a ausência de uma política nacional de segurança pública. Enquanto o Governo Federal, parte dos governadores e o Supremo Tribunal Federal não se unirem em torno de estratégias conjuntas de combate à criminalidade, veremos o avanço da violência e da insegurança.

Essa divisão, seja por questões ideológicas ou por interesses políticos, fortalece o crime organizado, que percebe no país uma falta de rumo e de sintonia. Isso dificulta a construção de políticas públicas eficazes. Infelizmente, ainda estamos distantes de um consenso, e mais uma vez a polarização política joga contra a sociedade brasileira.




DETONAUTAS


Um dos melhores shows que já presenciei na Praça XV de Novembro foi o da banda Detonautas, durante o Encontro de Motociclistas. A energia positiva e a animação dos integrantes transmitiram uma mensagem de otimismo sensacional.

A banda, criada em 1997, traz em seu repertório diversos sucessos do pop rock brasileiro, com destaque para a canção “Você Me Faz Tão Bem”. Além do excelente show, nossa cidade foi agraciada com vídeos gravados pelos integrantes, mostrando diversos pontos turísticos de Oliveira, o que ajudou a divulgar o município em nível nacional,  uma atitude que merece aplausos.

Valeu, Detonautas! Esse show entrou para a história. 

FORA DO PALANQUE

 01/10/2025


Quem esteve nas festividades em comemoração ao aniversário de Oliveira, no dia 19, notou a ausência do deputado Lucas Lasmar no palanque oficial. Extraoficialmente, a informação é de que o parlamentar não foi convidado a participar junto às demais autoridades, entre elas deputados estaduais e federais ligados à administração municipal.

Aliás, essa descortesia já vem ocorrendo há anos e se tornou quase uma “cultura” em algumas gestões municipais. Nos desfiles de aniversário de Morro do Ferro, na gestão anterior, os vereadores do distrito também não eram convidados, por fazerem parte da oposição. Da mesma forma, em inaugurações de obras públicas, o Legislativo não era chamado oficialmente, sendo escolhidos apenas os vereadores próximos ao Executivo.

Essa prática precisa ser modificada, pois se trata de representatividade institucional. Todos os representantes eleitos, independente de posição política, devem ser convidados para eventos oficiais.




QUANTIDADE DE EVENTOS


Uma parcela da população começa a questionar o grande número de eventos realizados pela administração municipal. Não pela qualidade — afinal, os shows têm contado até com atrações de porte nacional — mas pela concentração de datas muito próximas umas das outras.

Falta um calendário oficial, com datas pré-estabelecidas, que envolva todos os setores, permitindo sinergia, inclusive com o comércio local, para planejar vendas e atender à demanda gerada pelos eventos.

Também seria necessária a organização de um calendário regional, em parceria com os municípios vizinhos, para fortalecer o turismo de forma integrada e evitar a coincidência de datas que acaba prejudicando a todos.




REFORMA DA PRAÇA XV


O principal cartão-postal de Oliveira precisa de uma reforma completa: a Praça XV de Novembro. No ano passado, foram feitas algumas intervenções, como a troca dos bancos, mas que deixaram a desejar.

É necessário um projeto mais amplo, incluindo melhorias na iluminação, reforma dos banheiros, troca ou modificação do telhado do coreto e revitalização do paisagismo. Por ser o principal ponto de encontro dos oliveirenses, a Praça XV merece mais zelo e cuidado, refletindo o orgulho da cidade.




RELÓGIO DA MATRIZ


Você, leitor, que passa pela Praça XV, certamente em algum momento da vida já olhou as horas ou ouviu as badaladas do relógio da Matriz de Nossa Senhora de Oliveira. Porém, há pelo menos quatro anos, o relógio deixou de funcionar e não recebeu manutenção.

Por ser um bem tombado pelo patrimônio histórico e parte da memória afetiva dos oliveirenses, sua restauração é urgente. Fica a sugestão para que a Secretaria de Cultura, em conjunto com os responsáveis pela igreja, providencie a reforma deste símbolo tão importante para a cidade.




BR-381


Quem precisa trafegar pela BR-381 já parte apreensivo, sem saber se chegará ao destino no horário previsto. O que deveria ser exceção virou rotina: acidentes quase diários, envolvendo principalmente caminhões pesados, nos mesmos trechos da rodovia, provocam congestionamentos que atrasam viagens em até 6 horas.

Está claro que faltam investimentos. Para amenizar a situação, o Governo Federal realizará um novo leilão do trecho entre São Paulo e Belo Horizonte, marcado para 15 de dezembro, com previsão de R$ 15 bilhões em investimentos. Entre as obras estão 108 km de faixas adicionais, 14 km de vias marginais, novos túneis e correções no traçado.

Enquanto isso, cabe aos motoristas atenção redobrada e planejamento, pois as chances de enfrentar congestionamentos na BR-381 são grandes.




37 ANOS DA CONSTITUIÇÃO


A Constituição Federal completou 37 anos e tem importância fundamental na vida de cada brasileiro. Ela é a lei máxima que organiza o Estado e define direitos e deveres dos cidadãos.

Mesmo não sendo cumprida em sua totalidade, continua sendo uma grande conquista do povo brasileiro e não pode ser deturpada, como tentaram fazer com a chamada “PEC da Blindagem” ou nos atos de 8 de janeiro, que representaram uma tentativa de golpe de Estado.

Como disse Ulisses Guimarães: “Discordar, sim. Divergir, sim. Afrontá-la, jamais. Quem trai a Constituição é traidor da pátria.”

Cabe a cada cidadão zelar por seus direitos, escolhendo bem os representantes que estarão no Parlamento.




DIVERGÊNCIAS POLÍTICAS


Após uma tentativa de reaproximação, continuam as divergências entre o vice-prefeito Marlon da Ambulância e o grupo político do prefeito Dr. Erik.

Em vídeo recente, Marlon afirmou que seus pedidos não vêm sendo atendidos pela gestão municipal e que até mesmo está sendo impedido de dialogar com secretários. Ele também mencionou ataques sofridos de uma página apócrifa, denominada Oliveira em Pauta, que, segundo ele, seria administrada por pessoas ligadas à Prefeitura.

Vale lembrar que conflitos entre prefeitos e vice-prefeitos são recorrentes. Na gestão anterior, houve rompimento entre a prefeita e o vice. Em Campo Belo, o vice-prefeito renunciou ao cargo apenas cinco meses após assumir. No plano federal, basta recordar a difícil relação entre Dilma Rousseff e Michel Temer.

O futuro político de Marlon segue incerto: se irá se alinhar ao grupo político do deputado Lucas Lasmar, seguir carreira independente ou até mesmo se reaproximar do grupo de Dr. Erik. Como na política “tudo muda como as nuvens”, o cenário ainda está em aberto.

SEGURANÇA PÚBLICA

  01/09/2025


A crescente sensação de insegurança em Minas Gerais reflete diretamente a redução dos investimentos em segurança pública por parte do Governo do Estado. A desvalorização das categorias da Polícia Civil e da Polícia Militar, somada ao descumprimento do acordo de recomposição salarial firmado em 2019 — que já ultrapassa 50% — agrava ainda mais a situação.

Recentemente, o governador Romeu Zema determinou um contingenciamento de R$ 31 milhões no orçamento da Polícia Civil, reduzindo os investimentos de R$ 201 milhões para R$ 170 milhões. A Polícia Militar também sofreu cortes: as viaturas, por exemplo, não podem rodar mais que 40 km por turno. O Corpo de Bombeiros também foi atingido.

Com a escassez de recursos, as políticas de segurança pública ficam comprometidas, ampliando o risco de aumento da violência e intensificando a sensação de insegurança da população. O mais contraditório é que, ao mesmo tempo em que restringe investimentos em áreas prioritárias, o governo concede renúncias fiscais que ultrapassam R$ 25 bilhões, sem qualquer critério de transparência.




EXTENSÃO DA AVENIDA MARACANÃ


Em conversa recente com o empresário José Francisco, ele demonstrou otimismo quanto à possibilidade de, junto aos órgãos governamentais, viabilizar a conclusão da extensão da Avenida Maracanã. Segundo ele, um novo projeto está em fase de elaboração, visando garantir as licenças ambientais e os recursos necessários.

Essa obra é um antigo sonho do deputado federal José Aldo, que chegou a iniciá-la nos anos 1990. Contudo, após seu falecimento, os trabalhos foram interrompidos. Durante a gestão do prefeito João da Madalena, houve uma retomada: o Governo do Estado chegou a liberar R$ 20 milhões. Porém, ingerências políticas paralisaram a iniciativa, e os recursos acabaram devolvidos.

A concretização dessa avenida é fundamental para desafogar o trânsito na Avenida Benjamim Guimarães, hoje um dos pontos mais críticos da mobilidade em Oliveira.




EXONERAÇÕES NA PMO


As recentes saídas dos ex-vereadores Amanda Vargas e Francisco Naves da administração municipal oficializam o rompimento do Partido Verde com a gestão do prefeito Dr. Erik. Ambos foram indicados com o aval da deputada estadual Lohanna França, que deve disputar uma vaga de deputada federal em 2026 e já tem reforçado sua presença política em Oliveira.

O PV, que abriu mão de lançar candidatura própria à prefeitura nas últimas eleições, trabalha com a possibilidade de apresentar um nome em 2028 — sendo o médico Dr. Ramilson um dos cotados.

Nos bastidores, comenta-se que as exonerações resultaram de “fogo amigo”, motivado por divergências ideológicas. O PV integra o bloco de oposição ao governo estadual, e a deputada Lohanna é uma das críticas mais contundentes à gestão de Zema. Já o Executivo municipal busca, justamente, fortalecer a parceria com o governador e seu vice, Mateus Simões.

 



FECHAMENTO DA AGÊNCIA DO ITAÚ


Clientes do Itaú em Oliveira foram surpreendidos pelo anúncio de que a agência local encerrará suas atividades no próximo dia 18. Presente na cidade há mais de 25 anos, desde que adquiriu o BEMGE, o banco alega como justificativa apenas a política interna de redução de agências físicas e foco no atendimento digital.

A decisão chama atenção: Oliveira é uma cidade com histórico de segurança, sem registros de explosões de caixas eletrônicos ou assaltos armados, e a agência conta com expressiva clientela, especialmente desde que o banco assumiu a folha de pagamento dos servidores estaduais.

Fica uma sugestão ao Governo de Minas: que nos próximos contratos de venda da folha de pagamento, seja incluída cláusula proibindo o fechamento de agências físicas durante a vigência do contrato. Essa medida protegeria os usuários, evitando prejuízos à população.

Manifesto aqui minha solidariedade aos colaboradores da agência de Oliveira, que serão remanejados para outras unidades.




PROJETOS EMPERRADOS


Nestes oito meses de trabalho do Legislativo Municipal, a administração do Dr. Erik tem enfrentado obstáculos na aprovação de projetos estruturantes. Pelo menos três iniciativas relevantes não avançaram:

  • Empréstimo junto ao BDMG – visava a aquisição de maquinários para a infraestrutura rural e a implantação de uma usina de asfalto. Diante da não votação, o projeto foi retirado, obrigando o Executivo a licitar maquinários e massa asfáltica para atender demandas urgentes.
  • Projeto de limpeza urbana e coleta de lixo – essencial para viabilizar o programa “Cidade Lixo Zero”, foi sobrestado, sem previsão de voltar à pauta.
  • Criação da Diretoria de Proteção Animal – rejeitada, o que representa um entrave às políticas públicas de bem-estar animal.

A questão que fica é: estaria faltando articulação política por parte do Executivo ou trata-se de mérito da oposição em frear as propostas? O fato é que cada projeto exige energia, planejamento e tempo. Quando não se concretiza, compromete todo o cronograma da gestão e prejudica a cidade.




GAZETA DE MINAS – 138 ANOS


O semanário Gazeta de Minas completa 138 anos de fundação, sendo o mais antigo em circulação em Minas Gerais e o oitavo no Brasil. É motivo de orgulho para os oliveirenses contar com um veículo que, ao longo de sua história, registra os principais fatos de nossa cidade, fortalece a identidade local, promove a cidadania e eterniza a memória coletiva.

Parabenizo todos os colaboradores da Gazeta de Minas, que contribuem diariamente para preservar e valorizar a história de Oliveira.

ESCOLA CÍVICO-MILITAR

 01/08/2025

O Governo de Minas iniciou uma consulta a mais de 700 escolas do Estado para saber se a comunidade escolar concorda com a implantação do sistema Cívico-Militar — modelo que adota gestão compartilhada entre professores e militares, com foco em disciplina e resultados. Em Oliveira, três escolas serão consultadas: Professor Pinheiro Campos, Dr. José Maria Lobato (Polivalente) e Desembargador Continentino. A consulta chegou a ser realizada no Pinheiro Campos, sendo rejeitada pela comunidade escolar. Nas outras duas escolas, devido à suspensão do processo, ainda não há data prevista para a realização da consulta.

O que chama a atenção é a pressa em lançar o programa, sem antes esclarecer como será o funcionamento desse novo modelo, tampouco apresentar os custos previstos, demonstrando completa desorganização. Isso leva a crer que o programa foi lançado mais com intenções eleitorais — para promover o nome do governador Zema, que tem pretensões de se candidatar em 2026 — e para dividir a categoria dos professores, do que com foco real na melhoria da qualidade da educação.

É evidente que é necessário fortalecer a segurança no ambiente escolar, que tem sido alvo de ataques em diversas regiões do país. No entanto, isso deve ser feito a partir da realidade de cada escola, em conjunto com a comunidade escolar, por meio de ações que gerem resultados concretos — e não com medidas que visam apenas interesses eleitorais. Ainda mais quando se trata de um governador que relativiza a ditadura ao dizer que ela é “uma questão interpretativa”.




AUDITORIA NA PREFEITURA


Nos bastidores da política local, há grande expectativa em torno da conclusão da auditoria que está sendo realizada nas contas e obras da Prefeitura, relativas à gestão passada. O trabalho está a cargo da empresa Integragov – Integridade e Governança Pública Ltda, contratada pela atual administração ao custo de R$ 306 mil, com previsão de entrega dos resultados até fevereiro de 2026.

Esse relatório poderá ter forte impacto no cenário eleitoral de 2028. Caso sejam constatadas irregularidades, o material poderá embasar ações judiciais e até inviabilizar candidaturas. Por outro lado, se não forem comprovados ilícitos, será difícil sustentar críticas à gestão anterior, o que pode fortalecer um eventual nome de oposição.




DE PARTIDO NOVO


Após ter sua candidatura à prefeitura rejeitada pelo partido NOVO em 2024, Luiz da Funerária agora está em nova legenda: o partido Mobiliza, que comandará no município com o objetivo de estruturá-lo para as eleições de 2028. Empresário do ramo funerário, Luiz é bem quisto entre os oliveirenses e pode se tornar uma peça importante no próximo pleito municipal.

Pensando também em 2028, o Partido dos Trabalhadores renovou sua direção municipal, elegendo José Júlio de Souza como presidente do diretório local. Ex-padre, José Júlio já disputou cargos de deputado estadual, prefeito e vereador. Na última eleição, apoiou Dr. Erik.




SAÚDE E AS ELEIÇÕES


A área da saúde tem ganhado protagonismo nos bastidores da política municipal. É possível notar uma disputa de narrativas em torno das ações no setor. Recentemente, o Secretário Estadual de Saúde, Fábio Baccheretti, esteve no município a convite do grupo político do prefeito Dr. Erik. No fim de julho, foi a vez da superintendente do Ministério da Saúde, Maflávia Ferreira, visitar a cidade, a convite do deputado estadual Lucas Lasmar.

Adversários na política local, o que se espera é que ambos os grupos consigam estabelecer algum nível de sinergia em prol da saúde pública, e que as eleições de 2026 não sejam um empecilho para novas conquistas. Dr. Erik deverá apoiar a candidatura do vice-governador Mateus Simões ao Governo de Minas, enquanto o deputado Lucas Lasmar deve estar no palanque da oposição, possivelmente ao lado do senador Rodrigo Pacheco.




AS CONTAS NÃO FECHAM


É difícil compreender a situação financeira de Minas Gerais. O Estado acumula uma dívida com o Governo Federal que já ultrapassa R$ 188 bilhões — valor que cresceu mais de 50% na atual gestão. Ainda assim, o governador Romeu Zema, na proposta da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para o próximo ano, abre mão de R$ 25 bilhões em arrecadação, por meio de renúncias fiscais.

Como um Estado tão endividado pode conceder tamanho volume de isenções? — e, pior, sem transparência! Nem mesmo a Assembleia Legislativa tem acesso a quem são os beneficiados por essas renúncias. No fim das contas, quem paga a conta é a população: menos recursos para segurança pública, saúde, repasses às prefeituras e salários dos servidores, que sequer têm reposição inflacionária.




FERROVIAS


A VLI, responsável pela administração da Ferrovia Centro-Atlântica, solicitou ao Governo Federal a renovação antecipada do contrato de concessão. A empresa promete investir mais de R$ 30 bilhões em manutenção e melhorias da malha ferroviária.

No entanto, Oliveira pode estar perdendo uma grande oportunidade. Ainda não há indícios de que o município esteja atuando para incluir no contrato as tão aguardadas obras de ampliação dos túneis de acesso aos bairros das Graças, Segredo e Elias Raimundo, nem a reforma da ponte para o Barro Preto. Sem a obrigatoriedade prevista no contrato, é pouco provável que essas intervenções se concretizem. Enquanto isso, outras cidades, como Arcos, já se adiantaram e apresentaram suas demandas diretamente ao Governo Federal.




TAXAÇÃO DE TRUMP


A taxação imposta por Donald Trump ao Brasil carece de justificativa econômica. A maioria dos produtos brasileiros exportados aos Estados Unidos não é fabricada por lá, o que significa que a medida poderá, inclusive, gerar inflação na própria economia americana.

A justificativa de “defesa da democracia” também não se sustenta, visto que os EUA mantêm relações diplomáticas e comerciais com diversos países não democráticos — e até apoiam conflitos e massacres em regiões como a África e a Síria.

O que realmente está por trás da medida é a tentativa de Trump de reafirmar a hegemonia americana sobre a América Latina, consolidando seu domínio político e econômico. O preocupante é o apoio que a extrema-direita brasileira tem dado à iniciativa, mesmo que isso traga prejuízos evidentes ao país e à população brasileira.