01/09/2025
A crescente sensação de insegurança em Minas Gerais
reflete diretamente a redução dos investimentos em segurança pública por parte
do Governo do Estado. A desvalorização das categorias da Polícia Civil e da
Polícia Militar, somada ao descumprimento do acordo de recomposição salarial
firmado em 2019 — que já ultrapassa 50% — agrava ainda mais a situação.
Recentemente, o governador Romeu Zema determinou um
contingenciamento de R$ 31 milhões no orçamento da Polícia Civil, reduzindo os
investimentos de R$ 201 milhões para R$ 170 milhões. A Polícia Militar também
sofreu cortes: as viaturas, por exemplo, não podem rodar mais que 40 km por
turno. O Corpo de Bombeiros também foi atingido.
Com a escassez de recursos, as políticas de
segurança pública ficam comprometidas, ampliando o risco de aumento da
violência e intensificando a sensação de insegurança da população. O mais
contraditório é que, ao mesmo tempo em que restringe investimentos em áreas
prioritárias, o governo concede renúncias fiscais que ultrapassam R$ 25
bilhões, sem qualquer critério de transparência.
EXTENSÃO
DA AVENIDA MARACANÃ
Em conversa recente com o empresário José
Francisco, ele demonstrou otimismo quanto à possibilidade de, junto aos órgãos
governamentais, viabilizar a conclusão da extensão da Avenida Maracanã. Segundo
ele, um novo projeto está em fase de elaboração, visando garantir as licenças
ambientais e os recursos necessários.
Essa obra é um antigo sonho do deputado federal
José Aldo, que chegou a iniciá-la nos anos 1990. Contudo, após seu falecimento,
os trabalhos foram interrompidos. Durante a gestão do prefeito João da
Madalena, houve uma retomada: o Governo do Estado chegou a liberar R$ 20
milhões. Porém, ingerências políticas paralisaram a iniciativa, e os recursos
acabaram devolvidos.
A concretização dessa avenida é fundamental para
desafogar o trânsito na Avenida Benjamim Guimarães, hoje um dos pontos mais
críticos da mobilidade em Oliveira.
EXONERAÇÕES
NA PMO
As recentes saídas dos ex-vereadores Amanda Vargas
e Francisco Naves da administração municipal oficializam o rompimento do
Partido Verde com a gestão do prefeito Dr. Erik. Ambos foram indicados com o
aval da deputada estadual Lohanna França, que deve disputar uma vaga de
deputada federal em 2026 e já tem reforçado sua presença política em Oliveira.
O PV, que abriu mão de lançar candidatura própria à
prefeitura nas últimas eleições, trabalha com a possibilidade de apresentar um
nome em 2028 — sendo o médico Dr. Ramilson um dos cotados.
Nos bastidores, comenta-se que as exonerações
resultaram de “fogo amigo”, motivado por divergências ideológicas. O PV integra
o bloco de oposição ao governo estadual, e a deputada Lohanna é uma das
críticas mais contundentes à gestão de Zema. Já o Executivo municipal busca,
justamente, fortalecer a parceria com o governador e seu vice, Mateus Simões.
FECHAMENTO
DA AGÊNCIA DO ITAÚ
Clientes do Itaú em Oliveira foram surpreendidos
pelo anúncio de que a agência local encerrará suas atividades no próximo dia
18. Presente na cidade há mais de 25 anos, desde que adquiriu o BEMGE, o banco
alega como justificativa apenas a política interna de redução de agências
físicas e foco no atendimento digital.
A decisão chama atenção: Oliveira é uma cidade com
histórico de segurança, sem registros de explosões de caixas eletrônicos ou
assaltos armados, e a agência conta com expressiva clientela, especialmente
desde que o banco assumiu a folha de pagamento dos servidores estaduais.
Fica uma sugestão ao Governo de Minas: que nos
próximos contratos de venda da folha de pagamento, seja incluída cláusula
proibindo o fechamento de agências físicas durante a vigência do contrato. Essa
medida protegeria os usuários, evitando prejuízos à população.
Manifesto aqui minha solidariedade aos
colaboradores da agência de Oliveira, que serão remanejados para outras
unidades.
PROJETOS EMPERRADOS
Nestes oito meses de trabalho do Legislativo
Municipal, a administração do Dr. Erik tem enfrentado obstáculos na aprovação
de projetos estruturantes. Pelo menos três iniciativas relevantes não
avançaram:
- Empréstimo
junto ao BDMG –
visava a aquisição de maquinários para a infraestrutura rural e a
implantação de uma usina de asfalto. Diante da não votação, o projeto foi
retirado, obrigando o Executivo a licitar maquinários e massa asfáltica
para atender demandas urgentes.
- Projeto
de limpeza urbana e coleta de lixo – essencial para viabilizar o programa
“Cidade Lixo Zero”, foi sobrestado, sem previsão de voltar à pauta.
- Criação
da Diretoria de Proteção Animal – rejeitada, o que representa um entrave às
políticas públicas de bem-estar animal.
A questão que fica é: estaria faltando articulação
política por parte do Executivo ou trata-se de mérito da oposição em frear as
propostas? O fato é que cada projeto exige energia, planejamento e tempo.
Quando não se concretiza, compromete todo o cronograma da gestão e prejudica a
cidade.
GAZETA DE
MINAS – 138 ANOS
O semanário Gazeta de Minas completa 138
anos de fundação, sendo o mais antigo em circulação em Minas Gerais e o oitavo
no Brasil. É motivo de orgulho para os oliveirenses contar com um veículo que,
ao longo de sua história, registra os principais fatos de nossa cidade,
fortalece a identidade local, promove a cidadania e eterniza a memória
coletiva.
Parabenizo todos os colaboradores
da Gazeta de Minas, que contribuem diariamente para preservar e valorizar a
história de Oliveira.